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Surfando nas Ondas da História: A Evolução das Pranchas de Surf

Críscia Cesconetto - Equipe Surfguru

O surf e a evolução das pranchas de surf tem histórias intrinsecamente ligadas

Se existe algo que pode ser considerado uma verdadeira paixão global, capaz de transcender fronteiras e culturas, é o surf. Esse esporte, nascido nas ondas do Havaí, tem uma história fascinante que se entrelaça com a evolução das pranchas de surf ao longo do tempo. Desde as robustas tábuas de madeira dos polinésios até as modernas e tecnológicas pranchas de hoje, a jornada do surf é uma narrativa repleta de inovação, aventuras e mudanças. Este conteúdo foi feito em colaboração com Corona, a cerveja oficial do Surfguru e patrocinadora oficial do surf e da natureza!

Como as pranchas de surf evoluiram ao longo do tempo

O Berço das Ondas: Havaí e as Primeiras Tábuas

As raízes do surf estão na cultura polinésia, especificamente no Havaí, onde as ondas eram consideradas um tributo ao oceano. As pranchas, conhecidas como "papa he'e nalu" na língua havaiana, eram originalmente esculpidas em madeira de árvores locais, como a koa. Essas tábuas eram verdadeiras embarcações, muitas vezes ultrapassando os 15 pés de comprimento e eram notavelmente pesadas em comparação com as pranchas modernas.

Ao longo dos anos, o design das pranchas avançou, incorporando quilhas na parte traseira para melhorar a estabilidade direcional e introduzindo melhorias em forma e materiais. As pranchas modernas são construídas com espuma de poliuretano ou poliestireno, revestidas com fibra de vidro e resina de poliéster ou epóxi. Essa combinação resulta em pranchas leves, resistentes e ágeis, com inovações recentes introduzindo a fibra de carbono na fabricação.

California Dreaming: O Surgimento das Pranchas de Espuma e Fibra de Vidro

Na década de 1950, na ensolarada Califórnia, as pranchas de surf passaram por uma revolução significativa. A transição das pesadas tábuas de madeira para pranchas de espuma e fibra de vidro foi liderada por pioneiros como Bob Simmons. Locais icônicos como Rincon-Delmar, Redondo, Windandsea, Trestles e Malibu foram palcos dessa transformação.

A cultura do surf ganhou destaque com figuras como Mickey "Mr. Malibu" Dora, um dos primeiros atletas a influenciar a cena do surf nas décadas de 50 e 60. Essa era era marcada pela elegância do passeio na prancha, onde o "cutback" reinava como a manobra principal.

O Renascimento do Estilo Malibu: Longboard e Inovações

Enquanto o surf na Califórnia seguia sua evolução, na década de 80, em Byron Bay, na Austrália, uma ressurreição do estilo Malibu, conhecido como "longboard", estava prestes a acontecer. Essa tendência não demorou a alcançar fabricantes, que voltaram a produzir pranchas no estilo clássico.

No Brasil, a história do surf teve seus momentos cruciais. Em 1938, na praia de Santos, Osmar Gonçalves construiu a primeira prancha de surf usando instruções de uma revista americana. O surf ganhou força nas praias cariocas na década de 50, quando turistas e jovens que retornaram dos EUA adotaram o esporte. Nas décadas de 70 e 80, o apoio da mídia e a profissionalização impulsionaram o surf no Brasil, tornando o país a terceira potência mundial no esporte.

O Surf: Um Tributo ao Oceano e uma Jornada Através dos Séculos

O surf não é apenas um esporte; é uma tradição ancestral que remonta aos reis havaianos. Praticar o surf era uma cerimônia para homenagear a energia do oceano. Mesmo com a chegada do capitão James Cook ao Havaí no século XVIII, o surf sobrevive e, graças a ícones como Duke Kahanamoku, ganhou popularidade global.

A história das pranchas de surf é intrinsecamente ligada à evolução do próprio surf. Desde as pranchas maciças de madeira até as atuais obras-primas de poliuretano e fibra de vidro, cada era trouxe inovações que moldaram o esporte. O surf é uma jornada interminável nas ondas, uma dança entre o homem e o oceano, com as pranchas sendo testemunhas silenciosas dessa história.

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