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San Diego - Califórnia - Estados Unidos

Brasil é Ouro no Mundial ISA de Surf Adaptado

Redação Surfguru

A equipe brasileira saiu vitoriosa e foi coroada a primeira Campeã da Equipe de Surf Adaptativa do Mundo. A equipe anfitriã dos EUA ganhou a Medalha de Prata, com o Chile e a Austrália, respectivamente, ganhando as Medalhas de Bronze e Cobre.

O Brasil reservou o melhor para o dia final do II Mundial de Surf Adaptado: além de quatro pódios e dois ouros o título por seleções desbancando o anfitrião Estados Unidos no evento da International Surfing Association (ISA) realizada na praia onde fica sua sede: La Jolla, San Diego, Califórnia.

Adalvo Argolo, presidente da Confederação Brasileira de Surf, parabenizou â todos pela conquista e superação, o time que tinha como responsável técnico Luiz Felipe Nobre foi o que menos perdeu pontos no domingo e saiu de uma diferença de 30 pontos atrás dos americanos para uma vantagem de quase 500, finalizando o Brasil com 5598 contra 5509 que a seleção do s Estados Unidos alcançou.

Todos os competidores foram importantes, pois não só as medalhas contam para definir a seleção campeã e assim André Szucks, Carlos Kill, Fernanda Tolomei e André Barbieri também deram sua contribuição para o sucesso do Brasil em seleção. 

Quatro fizeram pódio e assim foram decisivos, na AS6 Visually Impaired Elias Figue Diel, por pouco não levou a primeira medalha dourada individual, e apenas nos instantes finais ficou com a prata ao invés do ouro que o espanhol Airtor Francesena voltou a faturar, a seguir na AS5 Assist Davi Teixeira, o Davizinho Radical de apenas 11 anos, não aliviou, e num crescente trocou notas sucessivamente ampliando a liderança que foi definitiva com a nota 6,77 e se ampliou com uma onda de três rasgadas que valeu 7,75 e elevou sua média para 14,42.

Davi após o título ampliou a felicidade que sempre distribui e, além de agradecer a patrocinadores, parentes e ao técnico Felipe, justificou de onde vem sua felicidade: “da minha querida e maravilhosa mãe” disse 

Outra vitória bastante festejada foi na AS3 Upright com Felipe Kizu Lima que ampliou os recordes do evento com nota 10 e média 18,5 na soma das duas maiores na decisão.

A seguir na AS2 Stand/Kneel Henrique Saraiva foi bronze com terceiro na vitória de Mike Stewart enquanto foi sétimo.

AS6 Visually Impaired com Elias Figue Diel se destacando na bateria em que os Estados Unidos não conseguiu avançar à final com Scott Leason, sendo os finalistas nela Austrália, Espanha, França e o Brasil que teve Luiz Phelipe Nobre como responsável técnico da seleção chancelada pela Confederação Brasileira de Surf, cujo presidente Adalvo Argolo acompanha do Brasil e vem parabenizando ao grupo pela forma como estão, todos, bem representando o Brasil nesta nova edição do Mundial de Surf Adaptado da International Surfing Association (ISA).

Três dos quatro medalhistas de ouro na edição inaugural em 2015 defenderam seus títulos. O brasileiro Fellipe Lima (AS-3, Vertical), o dinamarquês Bruno Hansen (AS-4, de Bruços) e o australiano Mark 'Mono' Stewart (AS-2, Em pé/ Ajoelhado) repetiram seus feitos de 2015 e ganharam suas segundas medalhas de ouro. O espanhol Aitor Francesena (AS-VI, com Deficiência Visual), o brasileiro Davi Teixeira (AS-5, Assistido) e o sul-africano Antony Smyth (AS-1, Em pé/ Ajoelhado) foram os medalhistas pela primeira vez neste dia inovador do surfe adaptativo.

"Este foi um final incrível para uma semana monumental de competição para o esporte do surfe adaptativo", disse o presidente da ISA, Fernando Aguerre. "Ao longo destes quatro dias, testemunhamos o esporte crescer e puxar os limites. Os seis Campeões do Mundo, os 77 atletas, os 22 países e o desempenho da Medalha de Ouro da Equipe Brasil serão para sempre uma parte da história do surfe adaptativo.

O presidente da Stance, John Wilson, sentiu o mesmo entusiasmo.

"Gostaria de agradecer em nome dos funcionários da Stance nos EUA e em 50 países", disse o presidente e co-fundador da Stance, John Wilson. "Este evento sintetizou a mensagem de Stance de originalidade humana. Espero que todos vocês voltem para seus países com novos amigos, experiências incríveis e tenham gostado da competição."

O dia final da competição começou com ondas de meio a um metro em La Jolla Shores. Os melhores surfistas adaptativos do mundo competiram por um lugar nas finais e uma chance de ganhar as Medalhas de Ouro. A Final AS-VI com deficiência visual foi a primeira a bater na água, coroando o espanhol Aitor Francesena, o primeiro Campeão Mundial com deficiências visuais. - Tudo é possível - disse Francesena. "Nós temos que trabalhar com o que temos, então isso prova que com a unidade e paixão você pode fazer qualquer coisa que você definir na sua mente." O brasileiro Elias Figue Diel ganhou a Medalha de Prata na divisão de deficientes visuais, seguido pelo australiano Matt Formston com o Bronze e o francês Gwendal Du Fretay pelo Copper.

A final do AS-5 Assistido se seguiu, estabelecendo uma revanche de 2015 entre o medalhista de ouro Jesse Billauer (EUA) e vice-campeão Davi Teixeira (BRA). Desta vez, Teixeira ficou melhor com Billauer, ganhando a medalha de ouro e dando ao time Brasil um forte impulso para o topo do pódio. Barney Miller da Austrália terminou com o Prata, Billauer com o Bronze e Pancho Arbulu do Peru com o Cobre.

Davizinho, de onze anos, expressou sua emoção depois de ganhar a medalha de ouro. "Ser coroado campeão mundial é um sonho meu por toda a minha vida e esse sonho finalmente se tornou realidade. Eu sabia que esse dia chegaria, e finalmente aconteceu! "

Na terceira final, a divisão AS-4 de Bruços teve a oportunidade de brilhar. O medalhista de ouro de 2015, Bruno Hansen (DIN), que estava paralisado em em 1994, defendeu o seu título com uma liderança de 6 pontos. Christiaan Bailey (EUA) e Álvaro Bayona (ESP) ganharam as Medalhas de Prata e Bronze respectivamente pelo segundo ano consecutivo, enquanto Mathias Hoogth, da Costa Rica, ganhou o Prêmio Cobre. "É esmagadora, simplesmente fantástica", disse Hansen. "Eu quero compartilhar esta Medalha de Ouro com todos que me ajudaram a chegar aqui, a todos aqueles que me inspiram a surfar."

A final AS-3 Vertical, seguiu com outro desempenho forte para a Equipe Brasil. Fellipe Lima, o Medalhista de Ouro de 2015, completou o seu desempenho estelar com a primeira onda perfeita de 10 pontos na história do evento. Jeff Munson dos EUA seguiu com a prata, a o britânico Chris Jones com o Bronze e o chileno Elias Valencia com o cobre. "Foi uma grande bateria! Não foi fácil com Jeff Munson lá fora. Ele estava matando", disse Lima. "Eu estudei as condições e decidi que eu precisava encontrar as esquerdas para obter minhas pontuações e funcionou para mim. Significa muito para mim ganhar títulos consecutivos para o meu país, o Brasil".

O AS-1 e AS-2 terminaram o dia. As duas divisões, que dividem os surfistas em pé e ajoelhados de acordo com o nível de atletas, proporcionaram um emocionante encerramento da competição. Mark 'Mono' Stewart da Austrália continuou sua corrida dominante pela Divisão AS-2, repetindo com a Medalha de Ouro. "Estou muito feliz. Eu pensei que ganhar a medalha de ouro no ano passado foi grande, mas este ano é ainda melhor ", disse Stewart. "A Austrália tem um grande grupo este ano e foi necessário um verdadeiro esforço de equipe toda a semana." O francês Eric Dargent ganhou a Medalha de Prata, o brasileiro Henrique Saraiva o Bronze e o havaiano Colin Cook o cobre na divisão AS-2.

Na bateria final do dia, Antony Smyth, o Medalhista de Prata de 2015, levou para casa a medalha de ouro este ano para a equipe da África do Sul. Mike Coots, o Medalhista de Cobre de 2015, também intensificou este ano e melhorou em seu resultado com a Medalha de Prata. Outro sul-africano, JP Veaudry, levou a Medalha de Bronze e o japonês Kenjiro Ito a de Cobre. "Fiquei aterrorizado por não conseguir as ondas e repetir o vice-campeonato, como fiz no ano passado", disse Smyth. "Eu soltei lágrimas de alívio quando eu entrei. Desde o momento em que saí da praia no ano passado, eu sabia que eu voltaria e tentaria ganhar. Eu fiz isso agora."

Classificação geral da equipe:

1 - Brasil, Medalha de Ouro (5598)

2 - EUA, Medalha de Prata (5109)

3 - Chile, Medalha de Bronze (3912)

4 - Austrália, Medalha de Cobre (3783)

5 - Havaí (3755)

6 - África do Sul (3618)

7 - França (3128)

8 - Costa Rica (2595)

9 - Grã-Bretanha (2295)

10 - Espanha (1730)

11 - Canadá (1726)

12 - Itália (1335)

13 - Japão (1225)

14 - Peru (1170)

15 - Dinamarca (1000)

16 - País de Gales (610)

16 - Colômbia (610)

18 - Argentina (583)

19 - Noruega (500)

20 - México (450)

20 - Países Baixos (450)

22 - República Checa (390)

Fontes: Chico Padilha / ISA

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