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Ceará - Brasil

NO GRAU Surf Pro – 1ª Etapa do Circuito Cearense de Surfe 2022

George Noronha

Visitantes fazem a festa e vencem as principais categorias em etapa histórica

Encerrou-se neste domingo (23) o NO GRAU Surf Pro, 1ª Etapa do Circuito Cearense de Surfe 2022, que teve início na sexta-feira (21) e definiu os líderes do Circuito Cearense de Surfe em suas 16 categorias.

O palco para o show dos melhores atletas do surfe nordestino foi a paradisíaca Praia da Caponga, localizada no município de Cascavel, que pela primeira vez em 33 anos de história do certame estadual, recebeu uma etapa oficial, para a alegria dos entusiastas do surfe local.

O grande campeão da principal categoria do evento foi o potiguar Mateus Sena. Vencendo todas as baterias que disputou, o potiguar mostrou mais uma vez que está em excelente forma superando grandes nomes do surfe cearense e nordestino e conquistaando o lugar mais alto do pódio. Com a vitória Mateus larga na frente da corrida por um dos títulos mais cobiçados do surfe nordestino e brasileiro, o de Campeão Cearense Pro.

A mais importante bateria do dia foi um resumo de que foi visto durante todo o evento. Na água quatro surfistas de três diferentes estados: os potiguares Mateus Sena e Victor Costa, o paraibano Elivelton Santos e Artur Silva, o único cearense. Tanto Mateus como Artur chegaram à grande final vencendo todas as baterias que disputaram e estavam determinados a sair da Caponga com o troféu de campeão. Contudo, chegar em uma final do Circuito Cearense de Surfe definitivamente não é para qualquer um, e todos os finalistas tinham totais condições de sair da Caponga com o troféu de campeão.

O potiguar Victor Costa, apesar de ter terminado na quarta colocação, finalizou o evento como o detentor da maior nota da etapa, isto é, para ele ter sido o campeão, bastava que a nota 9,0 que ele assinou nas quartas de final, tivesse sido na grande final.

O terceiro colocado foi o não menos talentoso Elivelton Santos. Sempre empurrado pela torcida, o carismático Índio Voador terminou como o detentor do maior somatório da competição: 17,00 pontos, de vinte possíveis. Se fosse na final ele também teria saído da Caponga com o título de Campeão.

Artur Silva, o único cearense na grande final, ficou com a missão colocar o Ceará na ponta do ranking da Profissional. Apesar da qualidade dos adversários, Artur, que já venceu várias etapas do Circuito Cearense e Brasileiro, também poderia ter saído campeão, pois foi superado por apenas 0,55 pontos na única bateria do evento que ele não venceu.

Mas, Mateus Sena estava simplesmente implacável! As disputas foram eletrizantes e ao final parecia que, apesar das investidas dos adversários, ninguém conseguiria superá-lo e se seu conterrâneo Victor tivesse tirado um 9,0 ele faria 9,50. Se Elivelton tivesse cravado 17,00 pontos, ele teria feito 17,50. E se Artur tivesse tirado um 10,00, ele, de alguma forma, iria fazer 10,50. Seu foco e determinação é tamanho que ele parece sempre fazer o que for preciso para vencer. É uma verdadeira máquina de competir e pelo segundo ano consecutivo, assume a ponta do Certame Alencarino de Surfe na etapa de abertura e se transforma no pesadelo dos cearenses que sonham com o título mais importante dentre as 16 categorias disputadas no torneio.

“Eu estou muito feliz. Esse é meu terceiro campeonato esse ano e estou em um ritmo muito bom. Eu amo o Ceará. Competir aqui é sempre um prazer e uma honra. Aqui tenho conquistado grandes resultados e sempre é um desafio, porque esse circuito é muito competitivo. Espero competir em todas as etapas esse ano e terminar melhor que 2021”, declarou o campeão, que no ano passado competiu apenas duas etapas do Cearense, venceu ambas e terminou o circuito como Vice-Campeão Profissional.

Entre os amadores o cenário não foi tão diferente dos profissionais. Assim como na Pro, a categoria Open tinha dois potiguares, um paraibano e apenas um cearense com a difícil missão de encarar um desafio regional em busca da vitória! E repetindo o script, tivemos um atleta do Rio Grande do Norte no lugar mais alto do pódio. Victor Costa é o nome da fera que não tomou conhecimento dos adversários e venceu a categoria mais importante entre os amadores. Na segunda colocação ficou o paraibano Elivelton Santos. Esbanjando talento e carisma o Índio Voador fechou sua apresentação com um importante segundo pódio e comemorou muito o vice-campeonato na abertura do Cearense, que segundo muitos atletas, estava mais para Circuito Nordestino. Na terceira colocação ficou o atleta potiguar Daniel Costa, com o surfista Local da Caponga, Douglas Alves, completando o pódio na quarta colocação, para o delírio da torcida local, que vibrou muito com seu atleta na grande final.

Entre as mulheres o grande destaque foi paraibana Ana Luiza. Frequentadora assídua dos pódios cearenses e brasileiros, Aninha mostrou mais uma vez que continua em grande ascensão, apresentando mais uma incrível performance para subir duas vezes no lugar mais alto do pódio.

Na Open ela superou nada menos que a cearense Letícia Cavalcante, que terminou com o vice-campeonato, com as também cearenses Jéssica Santos e Mayra Oliveira completando o pódio na terceira e quarta colocações, respectivamente.

Na Sub 18 foi a vez de Ana Luiza superar Ster Cavalcante (irmã de Letícia) e largar na frente da corrida por mais uma categoria, um início de ano meteórico para a talentosa surfista paraibana. Rita de Cássia-CE terminou na terceira colocação e Gabriely Queiroz-CE ficou em quarto lugar.

Com os resultados Ana Luiza larga na frente das principais categorias do certame cearense de surfe entre as mulheres, focando nos dois cobiçados títulos.

Na Sub 18 Masculino tivemos mais um visitante alçando o lugar mais alto do pódio, o pernambucano Luan Ferreira, que não se abalou com a superioridade numérica dos donos da casa e saiu da Caponga com o troféu de Campeão na principal categoria dentre a Base, os aspirantes a astros do surfe. Os cearenses Raoni Rocha, Gustavo Diniz e Walid Pozier completaram o pódio em segundo, terceiro e quarto colocados, respectivamente. Vale destacar a presença de mais um atleta local, Walid Pozier, que foi mais um que fez a festa da torcida em uma final emocionante.

Na Sub 16 tivemos mais um show protagonizado por uma visitante. Dessa vez foi o pernambucano Luan Ferreira que fez o papel de algoz do cearense Alessandro Costa para conquistar o topo do pódio. Mas, nem por isso o cearense Alessandro Costa deixou de comemorar o título de vice-campeão da etapa, um resultado que, para ele, foi muito bom. Bernardo Brizola ficou em terceiro e Walid Pozier, em quarto.

Entre os Masters o grande campeão foi Isaías Silva. Defendendo o Título Estadual da categoria, o atleta da Praia do Icaraí lançou mão de todo o seu arsenal de manobras aéreas para superar grandes nomes do surfe cearense e sair da Caponga na liderança do circuito na categoria por ele vencida em 2021. Em segundo ficou o atleta da Leste-Oeste, Gleison Sardinha, com o Local Hero Márcio Farney finalizando em terceiro e Phelipe Maia terminando na quarta colocação.

Segundo Márcio Farney, ver uma etapa do Circuito Cearense de Surfe rolando na Caponga é a realização de um sonho de vida. Para ele o esporte pode desempenhar um papel importante no crescimento e desenvolvimento das crianças do município de Cascavel e enfatizou a importância da etapa histórica para a consolidação da praia como Surf City.

Entre os mais experientes da Kahuna o grande campeão foi o surfista do Titanzinho, Luciano Cavalcante. Pai das atletas Letícia e Ster Cavalcante, Luciano mostrou que o surfe está no DNA da família e se as duas filhas terminaram como vice-campeãs em suas categorias, o pai tratou de “vingá-las” levando o troféu de Campeão para casa. Em segundo ficou o surfista da Leste-Oeste, Carlos Santana, com Nardo Lopes e Alessandro Nogueira em terceiro e quarto colocados, respectivamente.

Entre os Legends o destaque ficou por conta do talento do veterano cearense, Marcelo Bibita. Bibita usou toda a sua experiência para superar o não menos talentoso pernambucano Jaime Farinha e impedir que mais um título fosse para fora do estado. Em terceiro ficou Cirilo e na quarta colocação ficou Bichinho, ídolo local da categoria Surfe Adaptado.

Na Longboard Masculino o grande campeão foi o longboarder de Jericoacoara, João Pedro. Mostrando muita evolução, João superou alguns dos principais nomes cearenses dos pranchões para faturar o título e largar na frente na corrida pelo mais importante título estadual entre os longs. Em segundo ficou Eliz Silva, com Marcelo Bibita em terceiro e Carlos Clécio na quarta colocação.

Entre as mulheres a grande campeã dos pranchões foi a bela e ao mesmo tempo, fera, Flora Arruda. Mostrando muita segurança, Flora dominou a última e mais importante bateria da categoria para faturar mais um troféu de campeã. Com o resultado, ela, que defende o título estadual, pula na frente da corrida pelo bicampeonato na Longboard Feminino Open.

Finalizando os pranchões Marcelo Bibita levou mais uma superando os atletas Carlos Clécio, Ronaldo Unias e Renê Fernandes, respectivamente, segundo, terceiro e quarto colocados.

CATEGORIAS DE BASE

Na Sub 14, a vitrine da Nova Geração do Surfe Nordestino, o cearense Pablo Paiva foi o grande campeão, com os potiguares Victor Santos-RN e Bernardo Brizola em segundo e terceiro lugares, respectivamente, e o cearense Phelipe Silva completando o pódio na quarta colocação.

Na Sub 12 o destaque ficou por conta da atuação de Nicolas Silva-CE, que protagonizou uma das viradas mais eletrizantes de todo o evento para conquistar a vitória e deixar o também talentoso Bernardo Brizola-RN, na segunda colocação. Aqui vale ressaltar a boa atuação de Bernardo que durante todo o evento fez belíssimas apresentações. Em terceiro ficou Phelipe Silva-CE, com Saymon Rocha-CE terminando em quarto.

Na Sub 10 destaque para o cearense Saymon Rocha, que surfou muito para superar seus adversários, trazendo em segundo, Francisco Willian, em terceiro Lucas Peixoto e em quarto Eduardo Monteiro.

E finalizando as 16 categorias que estão em disputa no Circuito Cearense de Surfe 2022 temos as fofuras da Sub 8, uma das categorias que mais mobiliza a praia e chama a atenção. Na primeira colocação tivemos Artur Felipe, em segundo, Paulo Ricardo, na terceira colocação, Mariana Pinheiro e em quarto, João Miguel. Todos paparicados e celebrados pelos parentes e fãs, independente de resultado.

Para o Presidente da Federação de Surf do Estado do Ceará, Amélio Júnior, a etapa de abertura foi um sucesso e apesar de ter sido a primeira vez que o Circuito Cearense desembarca na Caponga, a etapa de 2023 já está sendo planejada:

“Estamos muito felizes e orgulhosos de trazer, pela primeira vez, uma etapa do Circuito Cearense de Surfe para a Praia da Caponga e município de Cascavel. Sabemos da importância e protagonismo que o surfe assumiu nos últimos anos, sobretudo após as Olimpíadas e temos o compromisso de levar esse crescimento a cada vez mais lugares. A Praia da Caponga é um tradicional pico de surfe cearense e já revelou atletas de nível internacional como o Márcio Farney. Agora, esperamos que o surfe cresça cada vez mais no município e possa contribuir de forma significativa com o desenvolvimento social e econômico da Caponga e do município de Cascavel”, explicou o dirigente.

CATEGORIAS EM DISPUTA NO CIRCUITO CEARENSE DE SURFE 2022

Masculino (Sub 08, Sub 10, Sub 12, Sub 14, Sub 16, Sub 18, Open, PRO, Master, Kahuna, Legend, Longboard Open e Longboard Master);

Feminino (Sub 18, Open e Longboard Open);

TRANSMISSÃO AO VIVO

Você pode conferir tudo o que rolou Ao Vivo no NO GRAU Surf Pro através do Canal do You Tube da Federação de Surf do Estado do Ceará.

Todos os resultados de baterias, estatísticas, ranking e o Livro de Regras do Circuito podem ser acessados através do link www.surfbyte.com.br .

O NO GRAU Surf Pro contou com o Patrocínio de No Grau Surf Wear e Prefeitura de Cascavel.

Apoio: D’Cofibras, Revista Beach Show, Abrasp, Projeto Surf Escola, Empório Suplementos, Monikita, Pranchas FV, Galeria Correia, Banana Wax, Hotel Varandas Beach, Hotel Jangadas da Caponga, Pousada Toca do Bem-Te-Vi, Casa do Pas e Infolink. Realização: Top 16 Promoções e FSEC.

RESULTADOS

PROFISSIONAL

1º Mateus Sena-RN

2º Artur Silva-CE

3º Elivelton Santos-PB

4º Victor Costa-RN

OPEN MASCULINO

1º Victor Costa-RN

2º Elivelton Santos-PB

3º Daniel Costa-RN

4º Douglas Alves-CE

OPEN FEMININO

1ª Ana Luiza-PB

2ª Letícia Cavalcante-CE

3ª Jéssica Santos-CE

4ª Mayra Oliveira-CE

SUB 18 MASC

1º Luan Ferreira-PE

2º Raoni Rocha-CE

3º Gustavo Diniz-CE

4º Walid Pozier-CE

SUB 18 FEM

1ª Ana Luiza-PB

2ª Ster Cavalcante-CE

3ª Rita de Cássia-CE

4ª Gabriely Queiroz-CE

MASTER

1º Isaías Silva-CE

2º Gleison Sardinha-CE

3º Márcio Farney-CE

4º Phelipe Maia-CE

KAHUNA

1º Luciano Cavalcante-CE

2º Carlos Santana-CE

3º Nardo Lopes-CE

4º Alessandro Nogueira-CE

LEGEND

1º Marcelo Bibita-CE

2º Jaime Farinha-PE

3º Cirilo-CE

4º Bichinho-CE

LONGBOARD FEMININO

1ª Flora Arruda-CE

2ª Jessi Jeri-CE

3ª Sol Tostes-CE

4ª Esmeralda Garzon-CE

LONGBOARD MASCULINO

1º João Pedro-CE

2º Eliz Silva-CE

3º Marcelo Bibita-CE

4º Carlos Clécio-CE

LONGBOARD MASTER

1º Marcelo Bibita-CE

2º Carlos Clécio-CE

3º Ronaldo Unias-CE

4º Renê Fernandes-CE

SUB 16

1º Luan Ferreira-PE

2º Alessandro Costa-CE

3º Bernardo Brizola-RN

4º Walid Pozier-CE

SUB 14

1º Pablo Paiva-CE

2º Victor Santos-RN

3º Bernardo Brizola-RN

4º Phelipe Silva-CE

SUB 12

1º Nicolas Silva-CE

2º Bernardo Brizola-RN

3º Phelipe Silva-CE

4º Saymon Rocha-CE

SUB 10

1º Saymon Rocha-CE

2º Francisco Willian-CE

3º Lucas Peixoto-CE

4º Eduardo Monteiro-CE

SUB 8

1º Artur Felipe-CE

2º Paulo Ricardo-CE

3º Mariana Pinheiro-CE

4º João Miguel-CE

SOBRE A HISTÓRIA DO CIRCUITO CEARENSE DE SURFE

Há exatos 33 anos, mais precisamente em 1989, nascia o Circuito Cearense de Surfe, certame que ao longo de mais de três décadas revelou talentos e serviu de base para grandes eventos que trouxeram para o Ceará alguns dos maiores astros do surfe brasileiro e, consequentemente, mundial.

Muitos atletas que integram ou já integraram a Elite do Surfe Mundial, registraram importante passagem pelo Circuito Cearense, como os potiguares Jadson André e o medalhista de ouro olímpico, Italo Ferreira, que tiveram no certame alencarino, um importante degrau na conquista do sucesso profissional. Gabriel Medina, Filipe Toledo e Adriano de Souza Mineirinho também estiveram no Ceará em eventos nacionais criados a partir da credibilidade construída ao longo dos anos pelo Circuito Cearense de Surf, tido como um dos mais competitivos do Brasil.

E foi essa reconhecida competitividade que possibilitou o surgimento de grandes nomes do surfe brasileiro como Fábio Silva (Campeão Mundial ISA), Tita Tavares (Campeã Mundial WQS), Pablo Paulino (Bicampeão Mundial Pro Junior), Messias Félix (Bicampeão Brasileiro Profissional) Silvana Lima, nossa representante olímpica, dentre muitos outros, que contribuíram para colocar o Ceará em um dos lugares de maior destaque no cenário esportivo nacional.

O Circuito Cearense de Surfe se orgulha em chegar à sua 34ª Edição sem nunca ter sido interrompido, fato este evidencia toda a grandeza e importância que o Esporte dos Reis Havaianos conquistou desde que chegou aos “Verdes mares bravios... onde canta a jandaia, nas frondes das carnaúbas” (José de Alencar).

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