Oahu Costa Norte - Hawaii - Estados Unidos

John John Florence dá troco em Slater e é tetra em Pipe

GloboEsporte.com

Após perder final do Pipe Masters de 2013 para lenda americana, havaiano comemora título do Volcom Pipe Pro 2015 em "revanche" sobre Kelly.

Nascido e criado nas ondas do North Shore da ilha de Oahu, no Havaí, o paraíso do surfe, John John Florence ainda estava engasgado por ter perdido a decisão do Pipeline Masters de 2013 para o americano Kelly Slater, em 2013. A chance de dar o troco veio nesta segunda-feira, na final do QS 3000, no seu quintal de casa. Dominando a disputa do início ao fim, o havaiano fez 17,63 desbancou a lenda (9,00), que havia vencido no ano passado, em uma grande final, com a presença de mais dois havaianos, o seu amigo de infância, Mason Ho (15,90), em segundo lugar, e Sebastian Zietz (8,47), em quarto. Slater cometeu alguns erros, não teve sorte com o mar e não pôde alcançar os inspirados John John e Ho, que quase conseguiu uma virada na última onda.

- Pipe é meu quintal de casa e eu estou feliz de ter vencido o Kelly aqui, depois de ter perdido aquela final para ele (decisão do Pipe Masters de 2013, a última etaoa do WCT). Queria vencê-lo aqui, não importa o campeonato (risos). Eu e o Mason ficamos conversando o tempo inteiro durante a bateria, nós crescemos juntos e mesmo se ele tivesse conseguido a pontuação no fim, eu estaria feliz, pois eu me espelho nele e ele é uma pessoa maravilhosa. Estou impressionado com essa final. Acho que consegui ir mais fundo do que os outros nos tubos. Foi incrível - disse John John.

As melhores ondas surgiram nos primeiros minutos de bateria. Sobrinho de Dereck Ho, primeiro havaiano campeão mundial na história, filho de Michael Ho e irmão de Coco Ho, Mason encontrou um belo tubo de backdoor logo no início, levando 8,90. O amigo de infância respondeu na mesma moeda, ganhou 8,43 e encontrou na sequência outro tubo, ainda melhor. John John ficou tão profundo que desapareceu atrás do paredão, saiu com, velocidade e levantou voo. Embora tenha falhado na aterrissagem, a onda lhe rendeu 9,20 e ele assumiu a dianteira, com 17,63.

Enquanto os meninos davam show, o veterano Slater não conseguia se encontrar e levou algumas "vacas" (caldos). Com a prioridade, ele foi paciente e esperou por uma boa relógio, mas precisou brigar contra o relógio. O onze vezes campeão mundial não desistiu e seguiu caçando uma boa angulação até o fim. Após levar algumas ondas na cabeça, Kelly finalmente encontrou um tubo, que lhe rendeu 6,90. Com isso, melhorou a sua nota de 4,13 para 9,00, terminando a disputa em terceiro lugar. Sebastian Zietz, por sua vez, ficou com 8,47 e teve como melhor nota um 7,00. Mason Ho precisava de 9,04 para superar John John. Ele ainda surfou uma onda difícil e arrancou um 7,30 dos juízes. Ao somar 15,90, não conseguiu superar os 17,63 do amigo. John John foi recebido por amigos na beira do mar e levou um banho de cerveja e outras bebidas.

A segunda etapa da temporada 2015 do WQS, Divisão de Acesso ao WCT, contou com a presença de grandes nomes do surfe mundial, como o havaiano Jamie O'Brien, que não gosta de competir, além de outros tops da elite do surfe, como o americano Kolohe Andino e o havaiano Freddy Patacchia. O melhor brasileiro na disputa foi Ian Gouveia, que foi até as quartas de final. Outros representantes do país em Pipeline foram Wiggolly Dantas, o Guigui, vice-campeão no ano passado, Jessé Mendes, Deivid Silva, Halley Batista, Yago Dora, Luel Felipe, Pedro Henrique, Michael Rodrigues, Hizunomê Bettero, Jean da Silva e Lucas Silveira.

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